Já são centenas de mortos no Líbano, desde o último domingo (22), quando os ataques israelenses se intensificaram. Entre as vítimas, dois adolescentes brasileiros, Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, na quarta-feira (25), e Myrna Raef Nasser, de 16, na quinta-feira (26). O pai dela, com cidadania paraguaia, também morreu no bombardeio.
A escalada dos ataques aumentou a pressão para que o governo acelere o resgate dos brasileiros que vivem no Líbano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já autorizou a repatriação dos brasileiros que desejam voltar ao país, nos mesmo moldes do que foi feito há quase um ano com os que viviam na Faixa de Gaza. A diferença é que, em 2023, cerca de 1,5 mil pessoas foram trazidas. Já no Líbano, a comunidade de compatriotas é de mais de 20 mil pessoas.
Segundo fontes do governo, o plano inicial é resgatar quem está mais próximo do sul do Líbano, por meio de um comboio por terra até Damasco, na Síria. Se não houver um cessar-fogo, será necessária a criação de um corredor humanitário para que essa saída seja feita em segurança.
O Brasil já tem autorização para usar o aeroporto de Damasco. Depois, o avião seguiria para uma base aérea da Rússia. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB), modelo KC-30, só aguarda um “OK” do governo para decolar. Isso só não aconteceu ainda por questões de segurança.