A Polícia Civil do Paraná está investigando uma mulher, que se identificava como biomédica e esteticista, após ela fazer o procedimento chamado peeling de fenol em uma paciente de 64 anos, que apresentou queimaduras de segundo e 3º grau após a aplicação do produto.
O procedimento foi feito no dia 25 de maio, em uma clínica de Curitiba. A paciente passou a sentir fortes dores e 11 dias após a aplicação foi internada em um hospital, onde passou por cirurgias. Ela ainda vai precisar de enxerto no rosto. De acordo com a polícia, a pessoa que realizou o procedimento não passou as informações corretas para a paciente e sua família sobre o que poderia acontecer durante a recuperação. Ainda de acordo com a investigação, a mulher não tem formação em biomedicina e não há comprovação da qualificação dela para exercer a profissão de esteticista.
Uma operação foi feita na clínica em que a mulher atuava. O local funcionava há cerca de oito anos, em um prédio de Curitiba. No local, os policiais encontraram frascos de fenol, além de ácido hialurônico e colágeno vencidos e sem o registro na Anvisa.
Segundo a polícia, o fenol encontrado na clínica tem prescrição de uma dentista de São Paulo. A suspeita é de que o produto seja prescrito e manipulado no estado e depois levado para Curitiba.
A profissional de SP que prescrevia o fenol também será investigada, já a dona da clínica, que prestou depoimento à polícia e foi liberada em seguida, responderá por lesão corporal, exercício ilegal da medicina e falsificação de medicação.
No começo de junho, o empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, morreu após ser submetido ao peeling de fenol, em uma clínica na Zona Sul de São Paulo. O procedimento foi realizado pela dona da clínica, que se apresentava como esteticista, Natália Becker.
NatÁlia, o marido dela e funcionárias da clínica tentam socorrer Henrique e chegam a acionar o Samu. Ao chegarem ao local, os socorristas tentam reanimar o homem, mas a morte foi constatada ainda no local. A suspeita é de que ele tenha sofrido uma forte reação alérgica, mas apenas o laudo do IML poderá indicar a real causa da morte do empresário. Natália foi indiciada por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.