Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente russo Vladimir Putin anunciou uma “operação militar especial” na Ucrânia: esse foi o início do conflito bélico entre as duas nações que já duram mais de três anos e vitimou mais de um milhão de pessoas entre civis e militares dos dois lados.
No decorrer da guerra, mercenários de vários locais do mundo se uniram às tropas ucranianas para auxiliar na linha de combate. Entre elas, diversos brasileiros – ex-militares que prometeram defender com o sacrifício da própria vida um defender um país que, em muitas vezes, sequer tiveram contato.
“Muitos eram militares no Brasil ou até fora do Brasil, como tem alguns que faziam parte da Legião Francesa. E o que me motivou foi ver a injustiça tá sendo realizada aqui dentro da Ucrânia pelos soldados russos pelos soldados do Putin”, disse ao Jornal da Band o paulista Alex, que é instrutor de tiro dos militares.
Um salário de até US$ 4 mil (cerca de R$ 26 mil) faz os olhos dos guerrilheiros brilharem. Hoje, ao todo, cerca de 300 brasileiros, entre 20 e 50 anos, estão combatendo na guerra mais longa que acontece na Europa desde a 2ª Guerra Mundial.
"O salário aqui é variável, por exemplo, ele vai de 500 dólares a 4.500 dólares, ou seja, se você tiver fazendo um trabalho de escritório numa cidade como Kiev, numa cidade como Lviv, que é totalmente longe da linha de combate, o salário é muito mais baixo porque você não corre nenhum um risco de vida”, explicou.
Ao menos 12 brasileiros já morreram no conflito. O mais recente foi Rafael Oliveira, de 22 anos. Ele se alistou de forma voluntária em setembro de 2024 e morreu em janeiro deste ano. Antes dele, um paraense de 19 anos tombou em combate, em dezembro.
A presença de estrangeiros lutando no combate não é exclusividade dos ucranianos. No começo de abril, o presidente Volodimir Zelensky afirmou que militares chineses foram capturados pelas forças ucranianas guerreando ao lado dos militares russos. A China, por sua vez, negou qualquer envolvimento militar na Ucrânia.