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São Paulo confirma três novos casos de intoxicação por metanol

10 out 2025 às 09:28

O governo paulista confirmou nesta quinta-feira (9) três novos casos de intoxicação por metanol, elevando para 23 o total de casos positivos no estado. Outros 148 casos estão em investigação e 152 foram descartados.


O estado já contabilizou cinco mortes pelo consumo de bebidas destiladas adulteradas com metanol e investiga outras seis mortes.


A Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) divulgou um novo protocolo de detecção de metanol e falsificação em bebidas, visando agilizar as análises. Com a medida, as equipes de perícia precisarão de menos garrafas analisadas para determinar a segurança do lote em estabelecimentos fiscalizados.


O protocolo já produziu resultados: cerca de 600 volumes foram interditados para comercialização em dois estabelecimentos na região do ABC, e dezenas de garrafas foram apreendidas para perícia. As garrafas permanecem sob responsabilidade do comerciante até a liberação ou constatação de fraude.


Após a apreensão, os volumes passam pelo Núcleo de Documentoscopia, que verifica lacres, selos, embalagens e rótulos, e em menos de um dia seguem para o Núcleo de Química, onde a análise química identifica presença de metanol e outros contaminantes, podendo ser feita em garrafas fechadas.


O passo a passo já foi validado em 30 casos, permitindo avaliação inicial rápida. Casos suspeitos são confirmados por análise do líquido, que determina a quantidade de cada elemento. “Também são realizados exames para identificar bebidas falsificadas, mesmo sem presença de metanol”, explica a perita Karin Kawakami, da SPTC.

Canal de denúncia

Em São Paulo, começou a funcionar um canal rápido no SP156 para receber denúncias e pedidos de informação sobre suspeita de metanol em bebidas alcoólicas.


“A medida visa agilizar o atendimento à população e reforçar o combate à venda e consumo de produtos adulterados, diante do aumento de notificações de intoxicação”, informa a prefeitura.


O atendimento pode ser feito pelo portal sp156.prefeitura.sp.gov.br ou pelo telefone 156. A cidade concentra três mortes por metanol, o maior número registrado no país até o momento.