Diversas cidades do Rio Grande do Sul sofreram com danos com o começo da passagem de duas frentes frias e ventos fortes na região. No fim de semana, os níveis do Rio Taquari, Caí e o Lago Guaíba aumentaram com a mudança do tempo, deixando moradores em alerta para novas enchentes e medo de tragédias como a que atingiu o estado em maio.
A força dos ventos arrancou telhados inteiros na cidade de São Luiz Gonzaga, no Noroeste Gaúcho, causando o fenômeno conhecido como 'microexplosão'. Mais de 1 mil imóveis foram danificados. Em Dom Pedro de Alcântara, no litoral norte do estado, um deslizamento de terra destruiu o salão de um santuário católico, pouco tempo antes de uma missa.
Cidades que se recuperam das enchentes de maio voltaram a ser inundadas. Em bairros de Três Coroas, só era possível andar de barco, já em Lajeado, o Rio Taquari atingiu diversas ruas e São Sebastião do Caí enfrenta a 11ª enchente em apenas um ano.
O nível do Rio Caí superou quatro metros acima da cota de inundação e 60% da cidade já foi alagada. Em alguns pontos da Serra Gaúcha choveu em dois dias o esperado para dois meses.
Em Porto Alegre, o nível do Guaíba voltou a subir e toda a água que causou transtornos em outras regiões ainda não chegou, mas a tendência é de elevação nos próximos dias e especialistas projetam que possa atingir a cota de alerta da capital.
A instabilidade deve seguir durante toda a semana na maior parte do estado, mas a trégua da chuva nesta segunda-feira (17) favoreceu a reabertura da Central de abastecimento em Porto Alegre, fechada desde o início de maio por causa da inundação.