Um crime mobiliza a Grande Buenos Aires, na Argentina. As jovens Morena Verri e Brenda del Castillo, primas de 20 anos, e Lara Morena Gutiérrez, de 15, foram encontradas mortas após desaparecerem na cidade de Matanza. O caso, mostrado ao vivo na internet por integrantes de uma quadrilha de traficantes, gerou forte repercussão e protestos por justiça.
Na noite de sexta-feira, as três foram vistas entrando em um carro branco próximo de onde moravam. Familiares registraram o desaparecimento, e a comunidade se mobilizou em manifestações até que, quase uma semana depois, os corpos foram localizados em uma residência em Florencio Varela, município vizinho.
Casa usada por quadrilha se torna cenário do crime
Segundo a polícia, o imóvel apresentava sinais evidentes de violência, com forte odor, marcas de sangue e uso de produtos de limpeza. Duas pessoas que estavam na casa foram presas sob a alegação de que haviam sido contratadas para limpar o local. Cães farejadores indicaram pontos de escavação no jardim, onde os corpos foram enterrados.
Laudos da perícia confirmam que as vítimas sofreram tortura antes de serem mortas. Brenda foi atingida por golpes de faca no pescoço e teve o tórax aberto. Morena teve o pescoço quebrado, enquanto Lara sofreu mutilações nas mãos e na orelha antes de ser assassinada. A irmã mais velha da adolescente afirmou que, após o crime, a casa da família chegou a ser alvejada por tiros.
Polícia mira facção criminosa da favela 21-24
As investigações apontam que o crime foi cometido por integrantes de uma quadrilha de traficantes instalada na favela 21-24, na capital argentina. Até o momento, 12 pessoas foram presas por participação no caso. As forças de segurança continuam em busca de um homem de 23 anos conhecido como Julito, apontado como o chefe do grupo criminoso.
Durante o velório, familiares e moradores da região exigiram justiça pelas mortes das jovens. O Ministério da Justiça argentino afirmou que as investigações seguem em andamento para identificar e prender todos os envolvidos.