O horário de verão pode voltar a valer no Brasil, mas ainda não há uma decisão oficial. O governo federal está avaliando se vale a pena adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano.
A proposta tem como objetivo principal reduzir o consumo de energia elétrica, aproveitando a maior incidência de luz natural no final do dia. Com isso, haveria menor uso de lâmpadas e aparelhos elétricos, ajudando a evitar sobrecargas no sistema e a diminuir a dependência de usinas mais poluentes.
De acordo com o economista Ronaldo Bulhões, a volta do horário de verão pode trazer impactos positivos no setor energético, especialmente em períodos de alta demanda: “A economia de energia seria por conta dos reservatórios. Nós estamos no Oeste do Paraná, onde o sol se põe mais tarde, diferente de outras regiões do país. Com ele se pondo mais cedo, há um maior consumo de energia nesses horários. No inverno, temos poucas chuvas, o que diminui os reservatórios de água. Lá em novembro, dezembro e janeiro temos menos produção de energia. Então, com o horário de verão, se prorroga o consumo nesse fim de tarde e se distribui mais. É esse o ganho que se tem em termos de geração de energia”, explicou.
A possível retomada da medida, no entanto, divide opiniões entre os brasileiros. Enquanto parte da população apoia o retorno, destacando os benefícios econômicos e o maior aproveitamento da luz do dia, outros afirmam que a mudança não impacta a rotina de forma significativa.