Brasil

Motorista do Porsche se entrega à polícia após ficar três dias foragido

06 mai 2024 às 17:39

Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, motorista do Porsche envolvido na colisão que resultou na morte de um homem e deixou outro ferido, em 31 de março, se entregou à polícia nesta segunda (6). Ele era considerado foragido. 


Sastre foi preso preventivamente ao entregar na 5ª delegacia seccional (zona leste) três dias após a determinação de sua prisão, na sexta-feira (3). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, após passar pelo exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal), na região central, o indiciado será encaminhado à audiência de custódia no Fórum da Barra Funda — o que pode acontecer entre hoje e amanhã.


O avogado Jonas Marzagão, que representa Fernando, afirmou estar preocupado com a integridade física do empresário. Marzagão afirmou à reportagem que sugeriria que o condutor seja encaminhado ao presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, por questão de segurança após repercussão do caso: "Não tem condições de ir para um presídio normal". 


O empresário é réu pelos crimes de lesão corporal gravíssima e homicídio doloso qualificado. Na madrugada de 31 de março, ele bateu ca uma velocidade de 156 km/h contra no Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52, que morreu. no local. Fernando, Marcus Vinicius Rocha, 22, que estava Porsche, chegou a ser internado na UTI e teve baço retirado.


Fernando negou que consumiu bebida alcoólica antes da colisão. O empresário afirmou ainda, em entrevista ontem ao Fanstástico, que não teve nenhum tratamento privilegiado e foi tratado "como qualquer um" pela Polícia Militar. Apesar da declaração, uma sindicância aberta na corporação apontou que houve "falha de procedimento" dos PMs que abordaram o condutor.


Desembargador determinou prisão sob o argumento de risco de reiteração de condutas. "A ligação com atos semelhantes, mesmo instado por pessoas a não dirigir, por seu estado, fazem crer na possibilidade de reiteração em descumprimento de normas", disse o desembargador João Augusto Garcia, da 5ª Câmara de Direito Criminal.