As urnas para as eleições legislativas portuguesas foram fechadas na tarde deste domingo (10), pelo horário de Brasília. A votação repercutirá na escolha do próximo primeiro-ministro do país. Pesquisas apontam tendência de vitória de parlamentares de centro-direita e de extrema-direita.
Mais de 10 milhões de eleitores foram às urnas. A taxa de abstenção foi a menor do que nas últimas legislativas.
Segundo a emissora SIC, parceira da Band em Portugal, projeções apontam liderança da Aliança Democrática, de centro-direita, entre 27% e 32% (até 89 cadeiras), enquanto o Partido Socialista teria entre 24% e 28% (até 80 cadeiras). Já o Chega, partido de extrema-direita, aparece com até 54 cadeiras (máximo de 21%).
Com os dados expostos, surge a dúvida sobre a formação do próximo governo, visto o equilíbrio entre as duas maiores forças: esquerda versus centro-direita. O diplomata Mario Vilalva, ex-embaixador em Portugal entre 2010 e 2016, prevê possível aliança dos conservadores com a extrema-direita.
“De acordo com as projeções, haverá uma maioria entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata. O grande problema será forma a maioria. Os dois partidos terão que fazer coalizões para formar o novo governo”, avaliou Vilalva em entrevista ao BandNews TV.
Para o diplomata, os conservadores devem se aliar com parlamentares mais extremistas, apesar de não descartar diálogo entre os socialistas e sociais-democratas para barrarem o avanço da extrema-direita.