Ferramenta fundamental para a segurança aérea ou violação da intimidade? O uso dos scanners corporais nos aeroportos do mundo são alvos de polêmicas há muito tempo. Além da detecção de objetos, como armas, os equipamentos mais antigos permitem fazer um raio-x dos passageiros. As imagens chegam a mostrar detalhes do contorno do corpo e até de órgãos genitais.
É por conta dessa polêmica que um scanner ficou desativado, por anos, no maior aeroporto do país, o de Guarulhos, na Grande São Paulo. Por outro lado, depois do aumento de casos de mulas do tráfico pegas com drogas no estômago, nos últimos meses, a Polícia Federal (PF) passou a operar o aparelho desde o último domingo (28), em casos suspeitos.
Por causa do aparelho, em 36 horas, 18 pessoas foram presas em flagrante quando tentavam embarcar em voos para a França com cápsulas de cocaína escondidas no estômago.
Antes, a polícia tinha que levar o suspeito até um hospital para descobrir se ele escondia droga ou não no estômago. Isso demandava mais tempo na investigação, mexia com a rotina da unidade de saúde e provocava constrangimentos, caso não houvesse confirmação.
Além de Guarulhos, os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, do Recife e de Manaus possuem scanners corporais. O da Grande São Paulo tem cerca de 70% dos voos internacionais que partem do país, seguido do Rio De Janeiro, Brasília e Porto Alegre.