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50 anos Itaipu Binacional: geração limpa e renovável de energia é destaque na Usina

17 mai 2024 às 13:18

Hoje é um dia especial, o dia em que a usina de Itaipu Binacional celebra seus 50 anos de existência. Vimos ao longo da semana, a importância da gigante mundial para a história do país, para a engenharia brasileira, para a produção energética, preservação do meio ambiente, e turismo. E hoje falamos sobre o que esperar do futuro, com o surgimento de outras fontes de energia, e os desafios de uma gestão binacional que envolve os interesses de dois países.


O olhar pro amanhã é certeiro quando se sabe o caminho pelo qual seguir. Em relação a capacidade instalada, Itaipu ocupa a terceira colocação mundial. A frente, apenas duas outras hidrelétricas que ficam na China.


Pra manter os índices de desempenho, Itaipu vai investir 670 milhões de dolares em atualização tecnológica, com um planejamento que teve início em 2022 e prevê 14 anos de execução.


Mas a gestão de uma empresa como Itaipu também tem seus desafios. O primeiro tratado de Itaipu foi feito há 50 anos. O anexo C, que dispõe sobre a comercialização de energia gerada pela usina, é tema recorrente, uma vez que trata de questões comerciais, que geram impasses. Cada um dos países busca o que é melhor economicamente. A produção de Itaipu é dividida meio a meio. Mas o Paraguai não utiliza toda sua energia. Até hoje, Brasil é obrigado a comprar a energia excedente do Paraguai. O que claro, para o país vizinho significa que quanto mais alto o preço da energia, melhor. Mas para o Brasil, não. O país quer reduzir o preço da energia.


O presidente paraguaio trouxe para si a discussão. O que elevou as tratativas entre as mais altas esferas dos Governos.  Depois de meses, no início de maio, um acordo foi fechado, prevendo a redução das tarifas a partir de 2026. Com a definição das tarifas, os Governos destravaram as negociações para revisão do Anexo C, que entre outras disposições, deve trazer a possibilidade de o Paraguai poder negociar o excedente da energia que lhe cabe no mercado livre brasileiro.


A hidrelétrica que neste ano chegou a marca história de 3 bilhões de MW/h acumulados desde o início da operação, vem tendo o ritmo de produção anual alterado. E mais de um fator contribui pra isso... O climático. A mudança na composição da matriz energética brasileira, e o perfil da carga atendida pela usina. E aí, surge o questionamento, como será o futuro de Itaipu?


Entre desafios e inovações, a Itaipu é um marco na história de dois países, da engenharia mundial, e da evolução social e econômica de cidades como Foz do Iguaçu. Neste 50 anos de história, muitas transformações, e o desejo de vida longa a binacional.