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Na raiz do problema: hipnose atua no tratamento de doenças emocionais e físicas

07 nov 2024 às 21:16

A hipnose clínica tem ganhando espaço como alternativa eficaz para aliviar e até curar dores e traumas, sendo cada vez mais reconhecida e indicada por profissionais da saúde para tratamentos em conjunto.

 

O hipnoterapeuta Rogério Goldoni explica que dores crônicas, que muitas vezes não tem um diagnóstico de causa, geralmente estão ligadas a um tipo de emoção. “A hipnose consegue acessar a raiz do problema, que está no subconsciente. A gente acha que está sempre no comando de tudo, mas a função consciente da nossa mente é só cinco por cento do que a gente é, o resto é o subconsciente. A pessoa em estado de relaxamento profundo acessa essas memórias e a partir disso a gente consegue identificar os gatinhos que podem ser traumas ou medo”, explica o especialista.


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Ainda de acordo com Goldoni, mais do que aliviar os sintomas, ele garante que a hipnose clínica é capaz de eliminar crises. Além das dores crônicas, a técnica tem sido eficaz para auxiliar pessoas a lidar com ansiedade, insônia, distúrbios alimentares, estresse e ainda na promovendo mudanças comportamentais e de hábitos. “Por exemplo, alguém que está se sentindo estressado por conta do excesso de atividades. Muitas vezes não é sobre o excesso de atividades. Pode ser que essa pessoa, inconscientemente, esteja se sentindo julgada, cobrada ou com medo de errar. Então a gente busca essa emoção que está fazendo com que esse problema apareça.”

 

A hipnose médica é reconhecida e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como terapia médica. Aliada com medicação, o tratamento pode acelerar a recuperação do paciente. Goldini ainda vai além, e cita pacientes que abandonaram os fármacos em prol de um vida com mais qualidade após as sessões hipnoterapêuticas. “O remédio ajuda apenas a controlar a situação. Na hipnoterapia a gente não controla, a gente resolve atacando a raiz.”


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O tratamento é realizado por sessões que podem durar até três horas. Na primeira sessão é feito um levantamento de toda a vida do paciente. “Um detalhe importante é que a pessoa não dorme, ela não fica inconsciente, ela acompanha todo o processo. É assim que a gente consegue acessar essas emoções mais profundas”.

 

O especialista lembra ainda do medo de muitas pessoas em lembrar momentos que preferem deixar no passado e, por isso, evitar a hipnoterapia. Porém ele alerta que a mente não é um depósito de arquivo morto. “Esses arquivos estão todos vivos, fervendo dentro de nós, por isso a urgência em acessar essas emoções e dar outro fim para essas memórias”, completa Goldini.