Após a morte de Diego Pereira Monteiro, de 32 anos, que foi assassinado a pedradas ao tentar defender uma adolescente de 14 anos agredida pelo namorado, de 22, a Polícia Militar (PM) revelou que a jovem, que vivia com o agressor, era vítima de exploração sexual, tendo sido agenciada e vendida para a prostituição pela própria mãe.
O crime ocorreu na madrugada, entre a Avenida Corbélia e a Rua Monsenhor Guilherme Maria Thiletzek. Ao testemunhar a agressão da adolescente, que, segundo informações da PM, morava com o agressor desde os 13 anos, Diego tentou intervir. Contudo, foi violentamente atacado pelo agressor, sendo atingido na cabeça com pedras e morrendo no local, conforme registrado por câmeras de segurança.
Segundo o Tenente-Coronel Divonsir, comandante do 6º Batalhão da PM, a vítima era prostituída pela própria mãe, que fazia a mesma coisa com seus irmãos.
Após a detenção do agressor e o registro do caso, a PM acionou o Conselho Tutelar para acolher a vítima. No entanto, o Tenente-Coronel Divonsir relatou que a equipe do Conselho teria condicionado o atendimento à tentativa de contato prévio com a família da adolescente.
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Cascavel disse, por meio de nota, ter solicitado esclarecimentos formais ao Conselho Tutelar sobre a alegada "negativa ou recusa de atendimento e/ou acolhimento emergencial".
O CMDCA estabeleceu um prazo de 24 horas para a resposta, enfatizando que a atuação coordenada dos órgãos é crucial para assegurar o "atendimento digno, humanizado e eficaz" a crianças e adolescentes em situação de violação de direitos, e reafirmou seu compromisso em acompanhar o caso de perto.