Nos 18 municípios que integram o Núcleo Regional de Educação de Cascavel, mais de 43 mil alunos retornaram às aulas, marcando o início de um novo ano letivo. E, além da expectativa de um novo ciclo escolar, o início de 2025 trouxe algumas mudanças significativas para as instituições de ensino da região.
Uma das principais novidades diz respeito ao uso dos celulares nas escolas. A regra, que já existia, foi reforçada. Os dispositivos devem permanecer fora das salas de aula, sendo permitidos apenas na porta das instituições. A medida, que já era aplicada em algumas escolas, se tornou ainda mais rígida com a implementação de uma lei federal que proíbe o uso de aparelhos móveis em ambiente escolar. No início das aulas, o recado foi claro: celulares, só na entrada.
A medida não se restringe à sala de aula. Durante o intervalo, os alunos também estarão sendo monitorados quanto ao uso do aparelho. Pais aprovam a decisão, preocupados com os efeitos negativos do uso excessivo de telas em casa, enquanto os alunos mostram opiniões divididas, concordando em partes com a regra mais rígida.
Além disso, o programa Parceiro da Escola, que trouxe mudanças para algumas instituições de ensino, foi implantado em cinco escolas de Cascavel, incluindo o Colégio Padre Carmelo Perrone, onde o programa já está em funcionamento. Esse projeto, que tem gerado polêmica e está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF), iniciou sua atuação em Cascavel cerca de 20 dias antes do início das aulas, após a assinatura do contrato com o grupo Salta, responsável pela gestão administrativa das escolas selecionadas.
Nos dias que antecederam o início das aulas, diversas melhorias foram realizadas nas instituições, incluindo reformas de banheiros e a manutenção de aparelhos de ar-condicionado. O grupo Salta, além de gerir a parte administrativa, tem autorização para contratar profissionais diretamente, sem concurso público. A contratação de 12 profissionais administrativos e professores para as escolas foi um dos pontos que gerou críticas, principalmente do sindicato App, que questiona a legalidade da medida.
O funcionamento do programa prevê a presença de uma coordenação pedagógica e de um “padrinho”, uma espécie de facilitador, que ficará na escola durante algum tempo para ajudar na mediação entre a iniciativa privada e o poder público, além de acompanhar de perto as melhorias necessárias na instituição.
O ano letivo de 2025 começou com mudanças, regras mais rígidas e um novo modelo de gestão escolar que deve impactar diretamente a rotina de alunos, pais e educadores.