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Após alta hospitalar, 'Javali' segue debilitado por ser agredido injustamente em Jataizinho

12 mai 2025 às 14:19

Após a alta hospitalar, Reginaldo Aparecido dos Santos, conhecido como “Javali” ainda está debilitado por conta das agressões que sofreu após ser acusado injustamente por um crime que não cometeu. Ele ainda tem feridas pelo corpo. Algumas causadas pela doença, já que ele possui cirrose hepática.

 

“Eu estava vomitando sangue, não tomei meus remédios. Nunca tinha passado por isso. Foi a primeira vez na cadeia”, afirmou Reginaldo. Ele foi preso no dia 26 de março, após ser espancado por moradores da região, que acreditavam que ele era o assassino de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e a neta dela, Ana Carolina Almeida Anacleto, de 12 anos. As duas foram encontradas com as mãos amarradas e mortas a facadas.

 

A liberdade de Javali só veio após a confissão de João Vitor Rodrigues, de 24 anos, vizinho das vítimas, que assumiu a autoria do crime. O homem havia sido beneficiado pela “saidinha temporária” da prisão. Ele entrou na casa para roubar e acabou matando as duas. Na prisão, ele chegou a conversar com Reginaldo.

 

“Eu não tinha nada a ver com isso. Eu perdoei o verdadeiro assassino, mas e a minha vida? Como é que eu reconstruo agora?”, relatou. Durante os 43 dias em que esteve detido na PEL (Penitenciária Estadual de Londrina), Reginaldo não teria recebido os medicamentos necessários para o tratamento da cirrose, o que contribuiu para que a saúde do homem ficasse debilitada.

 

A defesa de Javali já avalia medidas judiciais contra o estado. Segundo o advogado, além de ter sido preso injustamente, ele não recebeu o cuidado médico adequado.

 

“Vamos buscar reparação. Ele perdeu a saúde, a dignidade, e o estado precisa responder por isso”, disse Claudinei Cabral, advogado da vítima.

 

Além da saúde debilitada, Reginaldo teve a casa depredada enquanto esteve preso. Ele não tem para onde ir. A assistência social de Jataizinho presta o apoio ao homem

 

Mesmo com o apoio, ele tenta se reerguer, mas está traumatizado e com medo. O tempo na prisão, a violência que sofreu e a perda do pouco que tinha, tornou tudo mais difícil.

 

Para ajudar Reginaldo, os interessados podem entrar em contato por meio do telefone (43) 99606-6468 – Valéria Marques.