A ONG Viver, instituição que atende, atualmente mais de 280 crianças e adolescentes com câncer em Londrina, tem apoio de pessoas que arrecadam materiais recicláveis para serem vendidos e revertidos em dinheiro, para o custeio das despesas da ONG.
"Ajudar o próximo" é um dos princípios dos voluntários.
A Dona Iraci é uma dessas pessoas. Aposentada, além de ajudar a ONG, ela também recebe, em sua casa, quem está disposto a colaborar.
Nossa equipe de reportagens esteve na casa de Dona Iraci e foi recebida de sorriso aberto: largo e cativante.
Ela é mãe, avó, e faz questão de receber pessoas, todos os dias, para um café da tarde daqueles!
Dona Iraci é moradora do Jardim Leonor há mais de 50 anos e dedica boa parte do seu tempo arrecadando materiais recicláveis para ajudar a ONG Viver.
Com humildade e determinação, conseguiu fazer com que a Polícia Militar (PM), através do 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM), também pudesse abraçar a causa.
Tampas de garrafas, lacres de latinhas e outros materiais recicláveis são arrecadados e entregues para os representantes da ONG, que vendem e, com o dinheiro, mantém uma casa no Jardim Petrópolis.
A casa abriga crianças e adolescentes vítimas de câncer.
Para Dona Iraci, ajudar o próximo é uma questão de prazer: “quando eu saio, eu não tenho vergonha de 'catar'. Eu 'cato', eu peço pros amigos pra ajudar, né? Porque a gente consegue cadeiras de rodas, consegue cadeiras de banho, então é um trabalho de coração, mesmo. Eu não faço para mim, agora, eu faço para o amanhã” ressalta, sorridente, dona Iraci.
O Capitão Emerson Castro do 30º BPM, levou cadetes, da Academia Militar de Curitiba, conversarem com Dona Irene, para descobrirem a importância das parcerias com a comunidade.
O capitão nos conta que a amizade com dona Iraci começou quando ela pediu ajuda aos policiais para levar as tampinhas à ONG: “ela não conseguia levar as tampinhas à ONG, porque eram muitas e pediu, na Companhia, que alguém as viesse buscar. Nós viemos e fomos recepcionados com um grande e delicioso café - que é tradição, já, viu?”
Sobre dona Iraci, ele reforça que “todo mundo gosta dessa senhora. Ela é cativante, emocionante, ela é um amor de pessoa”.
Dona Irene “muito feliz” como ela mesma se descreve, diz que “com certeza” tem forças para levar o trabalho adiante por mais anos e anos.