Após a divulgação de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que projeta um crescimento econômico de 5,5% para a Argentina em 2025 — mais que o dobro da estimativa de 2,3% para o Brasil —, o país vizinho volta os olhos para os Estados Unidos. O governo argentino quer agora integrar o programa de isenção de vistos, que permite entrada nos EUA para turismo ou negócios sem necessidade de visto consular.
A proposta foi discutida durante visita da secretária de Segurança Interna americana, Kristi Noem, a Buenos Aires. A medida, se aprovada, poderá beneficiar milhões de argentinos, que passariam a pagar pouco mais de R$ 100 por uma autorização eletrônica, em vez de mais de R$ 1 mil por um visto tradicional.
No entanto, a adesão ao programa depende do cumprimento de critérios rígidos, incluindo controle migratório e medidas de segurança. Atualmente, apenas o Chile integra o programa na América Latina.
A investida diplomática ocorre em meio à crescente aproximação ideológica entre o presidente argentino, Javier Milei, e o ex-presidente americano Donald Trump, que assinou nesta quarta-feira (31) um decreto que formaliza taxações de até 50% sobre produtos brasileiros — medida que entra em vigor em 6 de agosto.
Enquanto o Brasil encara barreiras comerciais, a Argentina tenta se posicionar como aliada estratégica dos EUA, buscando benefícios diretos para seus cidadãos e reforçando laços bilaterais.
