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Aumento nas internações por dengue em Londrina preocupa diretoria de hospitais

06 mar 2024 às 13:55

O aumento no número de internações por dengue em Londrina preocupa. No Hospital Zona Norte (HZN), existe a tendência de crescimento. Entre janeiro e fevereiro de 2023 houve um aumento de 30% no número de hospitalizações. Em janeiro e fevereiro deste ano foi um crescimento de 70%. Já de fevereiro para março do ano passado, o aumento foi de 480%.

 

Segundo Reilly Alberto Aranda, diretor do hospital zona norte, o pior ainda estaria por vir. “O aumento foi quase cinco vezes maior em 2023. Se este número se repetir, não sei o que pode acontecer em março deste ano. O pior, infelizmente, ainda está por vir. Imagina quantas pessoas precisarão de atendimento no próximo mês e a catástrofe que isso pode ser, tendo que cancelar cirurgias eletivas de pessoas que esperam há anos, para atender casos de dengue. Não queremos que isso aconteça”.

 

O Hospital da Zona Sul (HZS), que está na região da cidade que concentra o maior número de casos de dengue neste ano. Até o momento, 118 internações foram registradas, com 10 pacientes transferidos para o Hospital Universitário (HU). Dois idosos e uma adolescente morreram em decorrência da doença.

 

Segundo Geraldo Júnior, diretor do HZS afirma que a situação é séria e demanda cuidados da população no geral. “Não queremos fazer terrorismo, mas quatro mortes, entre elas de uma menina de 14 anos é muito sério. Selecionamos à princípio dois quartos de leitos cirúrgicos, com oito pacientes, sem implicar em marcação de cirurgias. Se for necessário, desmarcaremos cirurgias eletivas para atender melhor os doentes”.

 

No HZS, algumas alas foram modificadas para receber pacientes e, se o município continuar com o aumento de casos de dengue, o hospital terá que tomar outras providências.

 

Além disso, o HU também registra aumento que expressa uma preocupação. Segundo Alcindo Cerci Neto, Médico Pneumologista, “a vocação do hospital é receber pacientes que precisam de internações na UTI, ou aqueles do grupo c, com estabilidade hemodinâmica.”

 

Até o momento, o hospital não precisou mudar a rotina de atendimento e recebimento de pacientes. Porém, é necessário manter as medidas de proteção e prevenção à doença dentro das residências.