Cidade

BR-163: protesto ganha corpo e clamor chega às autoridades

23 mai 2022 às 13:13

População e vereadores de várias cidades da região se uniram na luta pelo término das obras de duplicação da BR-163 entre Cascavel e Marmelândia. São 74 quilômetros. No sábado (21), uma ação de conscientização foi realizada em plena rodovia, no município de Lindoeste. A estratégia foi chamar a atenção de motoristas e também das autoridades.

Houve panfletagem, carros foram adesivados e faixas com pedidos de providências foram espalhadas ao longo da BR. A manifestação foi pacífica e a Polícia Rodoviária Federal ajudou na organização do fluxo.

A iniciativa partiu da Associação das Câmaras de Vereadores do Oeste do Paraná (Acamop). “Temos ofícios não respondidos. Precisamos de um posicionamento concreto do Governo Federal sobre a retomada dos trabalhos. Pessoas estão morrendo por causa deste abandono. A obra não pode ficar pela metade. Os municípios estão sofrendo”, diz o presidente da Acamop, Jorge Rieger.

O prefeito de Lindoeste, Sílvio Santana cita também a falta de um parecer pelo Dnit. “A única resposta que temos é que não existe orçamento. Assim não pode ficar. A obra inacabada tem causado confusão no trânsito. Acidentes estão acontecendo por este motivo e também pela falta de sinalização. Sem contar os acessos a alguns municípios que ficaram comprometidos, a exemplo de Santa Lúcia e Capitão Leônidas Marques”.

O movimento ganhou força. A fila de veículos se formou rapidamente, tendo em vista o grande fluxo de veículos que passa por uma das rodovias mais importantes do País. Autoridades marcaram presença, e a elas, o pedido de socorro foi reforçado pela comunidade.

O deputado estadual Márcio Pacheco afirmou que tem encaminhado ofícios ao Dnit e ao Governo Federal solicitando explicações e previsão de retomada, mas sem sucesso. “É um pedido de socorro justíssimo, temos feito vários encaminhamentos, mas não temos sido respondidos com a celeridade que gostaríamos”, disse Pacheco.

O deputado federal Hermes Parcianello também marcou presença. Salientou que está acompanhando o caso envolvendo o travamento da obra e que acredita que  solução precisa ser judicializada. “A empresa deixou a obra e informou sobre o Dnit sobre a decisão. Vejo que o caminho seja uma ação civil pública e para isso, o Ministério Público Federal precisa atuar. A coleta de assinaturas precisa iniciar junto à população, não há mais tempo a perder”.

A obra de duplicação entre Cascavel e Marmelândia começou em 2014 e deveria ter sido entregue em 2017. O investimento previsto era de aproximadamente R$ 700 milhões. Cerca de 80% do serviço foi executado, mas apenas 25 quilômetros da pista foram integralmente liberados. Segundo o Dnit não há orçamento previsto de forma suficiente para concluir os trabalhos.

Confira mais detalhes na reportagem de Fernanda Toigo, exibida no Jornal Tarobá 1ª Edição.