A imagem de uma câmera de segurança mostra os momentos de desespero: um homem passeava com o seu cãozinho, da raça Beagle, quando foi surpreendido pela chegada de outros 2 cães, da raça pitbull, que teriam escapado da casa de um dos vizinhos.
O ataque ocorreu na tarde de sábado (23).
Ao tentar proteger o animal de estimação, o homem acabou sendo ferido. Foram 9 pontos: quatro no rosto e cinco nas mãos. Sua mulher apareceu, para socorrer, e também foi mordida nos dedos.
Os vizinhos surgiram para ajudar e conseguiram espantar os cães.
O casal não quis se identificar porque está assustado e teme represálias.
Eles foram socorridos pelo Siate e recusaram encaminhamento ao hospital, para levar o cachorro deles ao veterinário. Só depois procuraram a UPA. O cãozinho, que estava internado, recebeu alta nesta segunda-feira (25).
"Eu fiquei paralisado, eu não imaginaria que ele atacaria daquela forma" relata o homem.
O casal registrou Boletim de Ocorrências (B.O). Eles querem uma providência, porque essa não seria a primeira vez que os dois pitbulls teriam causado problemas.
Os cães já teriam atacado outros animais na rua, além de uma motociclista. A região tem muitas crianças e idosos, e os moradores temem que novos ataques aconteçam com consequências mais graves.
Assim, eles querem que os cães sejam levados para outro lugar, em que não ofereçam risco às pessoas.
Especialista orienta ações em caso de ataque de cães
O veterinário e adestrador Lucas Berzotti, diz que algumas raças acabaram ficando com má fama. O Pitbull e o Doberman são algumas delas.
Sobre o que fazer, no caso de um ataque, não existe receita pronta. O importante, se possível, é manter a calma. Alguns comportamentos podem piorar a situação, como gritaria e correria, por exemplo.
De acordo com Lucas "muita gritaria ou arremessar coisas, pode deixar o cachorro ainda mais nervoso. Se ele morder algum animal e você puxar, você estimula que ele morda ainda mais".
Existem algumas medidas que podem ajudar durante um ataque. Lucas lembra, no entanto, que não há nenhuma infalível. Depende do animal envolvido.
"O ideal é tentar contê-lo de alguma forma: com uma corda, uma guia, fazer uma asfixia mecânica, passar em volta do pescoço e puxar, até que ele largue daquela mordida".
De qualquer forma, a responsabilidade é do tutor. Cães, dóceis ou não, não devem ser deixados soltos na rua. Passeio, só com guia. E, ainda, não adianta querer um cão de guarda ou proteção sem adestramento.