Cidade

Carroceiros protestam na Prefeitura cobrando auxílio e recursos para recolocação

06 out 2025 às 15:43

Um grupo de carroceiros realizou um protesto em frente ao gabinete do prefeito nesta segunda-feira (05), em Londrina, cobrando o pagamento do auxílio e dos recursos prometidos após a lei municipal proibir a tração animal na cidade. Revoltados, os trabalhadores afirmam que, apesar do prazo e da entrega das carroças, grande parte deles ainda não recebeu os valores que seriam destinados à sua recapacitação e à substituição do equipamento de trabalho.


O pagamento do auxílio foi iniciado em setembro deste ano, como parte de um acordo para atender os carroceiros afetados pela nova legislação. De acordo com informações da Secretaria de Assistência Social, 26 pessoas realizaram o cadastro e entregaram voluntariamente suas carroças. Este primeiro grupo já recebeu um pagamento inicial de R$ 1 mil e a primeira parcela do auxílio mensal, no valor de um salário mínimo, que será pago por um período de seis meses.


No entanto, o problema atinge os demais trabalhadores. Dos cerca de 70 carroceiros que atuavam em Londrina, 44 fizeram o cadastro posteriormente e ainda não receberam qualquer repasse da prefeitura.

Além do auxílio mensal, o grupo protesta também pela liberação de R$ 10 mil que, segundo o acordo, seriam destinados a custear a substituição da carroça por outros meios de transporte ou para a mudança de profissão.


O QUE DIZ A PREFEITURA


Em resposta às cobranças, o município afirma que o acordo firmado com os trabalhadores prevê uma etapa anterior à liberação dos R$ 10 mil: a recapacitação profissional.


Segundo a prefeitura, o dinheiro só será liberado após a participação em cursos profissionalizantes oferecidos pela Secretaria do Trabalho, mas que, até o momento, não houve procura por parte dos carroceiros. O valor está garantido por lei municipal de política ambiental de proteção aos animais de tração e de atenção aos trabalhadores, que conta com uma reserva de R$ 550 mil.


Um dos carroceiros, em tom de desabafo durante o protesto, afirmou que, caso o pagamento não seja feito, terá que recorrer à antiga prática. "Se não receber o dinheiro, vou andar de cavalo de novo", disse.