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Casal que agrediu cachorra com marteladas será indiciado por maus-tratos

15 abr 2024 às 14:26

O casal que agrediu uma cachorrinha com marteladas em Cambé, na última quarta-feira (10), será indiciado pelo crime de maus-tratos por parte da Polícia Civil. A clínica veterinária informou que o animalzinho está reagindo bem ao tratamento clínico, mas ainda é necessário mais dias para uma reação com estímulos. 


De acordo com o vereador Deivid Wisley, que luta pela causa animal, a situação é frustrante já que os agressores não tiveram prisão preventiva decretada. "É um crime que não tem defesa, justificativa. Eu procurei alguma forma de entender, mas não consegui. Perdemos a chance de mostrar pro Brasil inteiro que maus-tratos dá cadeia e que esta situação não será tolerada, mas infelizmente não será esse o caso", disse. 


Em relação ao tumor da cachorrinha, será necessária uma recuperação maior por parte do animal para que a cirurgia de retirada do câncer seja feita. Ainda será avaliada uma cirurgia craniana, já que marteladas também afundaram o crânio do animalzinho. 


A eutanásia existe no país, mas são para casos específicos, a depender do quadro clínico do animal. Fabiane Sabino, médica veterinária falou sobre o caso e destacou que existe um guia de boas práticas na medicina veterinária do Brasil, para a aplicação do procedimento. 


"Temos um guia brasileiro sobre as boas práticas da eutanásia. A aplicação tem que ser feita por um veterinário e temos que ter um prognóstico e diagnóstico. É preciso saber se o animal tem pouco tempo de vida, se tem doença em estado terminal, entre outros. Ainda não é possível fazer a eutanásia apenas por vontade própria, é necessário exames e checar todos os casos para avaliar a aplicação ou não", afirmou. 


Atualmente, o Código Penal prevê reclusão de 1 a 4 anos já que houve maus-tratos com lesão corporal grave.