Atualmente, mais de 100 crianças e adolescentes são acolhidos
em locais conhecidos como casa-lar, em Londrina. Os moradores dessas casa sofreram
algum tipo de violência doméstica e precisaram ser afastados de suas famílias.
A Secretaria de Assistência Social é quem administra e
financia todos os custos desses locais. São 10 casas-lares mantidas por
entidades: cinco são responsabilidade do MMA (Ministério de Missões e Adorações)
e as outras cinco pelo Nuselon (Núcleo Social Evangélico de Londrina). “Nós ficamos
como tutores dessas crianças. Objetivo principal é manter a qualidade de vida
delas. Lembrando que é um serzinho que tinha uma casa. Então é necessário que
ela venha para um lar, não uma instituição”, explicou Jacqueline Micali,
secretária de Assistência Social.
Quem toma a decisão se a criança ou adolescente precisa
ir para uma casa acolhedora é a justiça, através da Vara da Infância e Juventude.
Enquanto o processo corre judicialmente, eles são acolhidos. “Todas as nossas
crianças sofreram algum tipo de violação sexual ou se violência grave do corpo
e também psicológica. Aqui é um local de proteção, muitas vezes da vida”, salientou
Jacqueline.
Nas casas-lares, as crianças e adolescentes tem uma rotina
normal. Vão à escola, tomam café da tarde e contam ainda com o acompanhamento
psicológico e nutricional.
Ainda segundo a Secretaria de Assistência Social, a
capacidade máxima das casas já foi atingida, então o município precisa
financiar também o custo adicional necessário.
A coordenação do espaço é feita pela assistência social,
mas quem cuida do lar são as educadoras. “Onde tem a maior quantidade de
crianças menores demanda mais cuidado, por isso temos três educadores. Já onde
temos adolescentes e crianças maiores, são uma dupla de educadores”, disse a
coordenadora Jéssica Guelfi.