Os casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza A apresentaram um aumento expressivo no Paraná nos últimos meses. Segundo dados do Laboratório Central do Estado, a positividade nos testes subiu 133% para o VSR e 497% para o vírus da gripe até o mês de abril.
Em Cascavel, entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 443 internamentos por síndromes respiratórias graves e seis mortes em decorrência dessas doenças. A Secretaria Municipal de Saúde acompanha os números diariamente.
O secretário de Saúde de Cascavel, Ali Haidar, afirmou que, apesar do aumento nos casos, o sistema de saúde do município ainda não está sobrecarregado. No entanto, com a chegada do frio mais rigoroso do inverno, há possibilidade de crescimento nas internações.
O alerta vale para todo o país. Estados como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina já decretaram situação de emergência em saúde pública devido ao avanço das síndromes respiratórias.
O vírus sincicial respiratório é uma das principais causas de infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas. Já o Influenza A, causador da gripe, possui subtipos como H1N1 e H3 Sazonal, que costumam circular com maior intensidade durante o outono e o inverno.
A principal forma de prevenção é a vacinação. Para ampliar a cobertura vacinal, neste sábado será realizado o Dia D de vacinação contra a gripe para os grupos prioritários, além de uma ação de multivacinação para o público geral. O atendimento acontecerá nas 46 unidades de saúde de Cascavel, das 8h às 17h.
A médica da Vigilância Epidemiológica, Alana Caporal, destacou que 48% das internações por síndromes respiratórias graves são de crianças de 0 a 4 anos, e 26% de idosos acima de 60 anos. Ela reforçou que a vacinação é extremamente importante para a proteção desses grupos.
Até o momento, apenas 23 mil pessoas do público-alvo foram imunizadas contra a gripe, de um total de quase 145 mil. A Secretaria de Saúde reforça que a conscientização da população sobre a importância da vacinação é fundamental para evitar o aumento de casos e a sobrecarga no sistema de saúde.