A morte de Raphaelle Proferis, ocorrida em dezembro de 2024, completa 365 dias sem uma definição jurídica final. A jovem, que na época tinha 25 anos, foi encontrada sem vida no apartamento onde residia com o namorado, Guilherme Negri Sella, no dia 30 de dezembro. No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que o óbito ocorreu quatro dias antes, em 26 de dezembro.
O namorado da vítima, apontado como o principal suspeito do crime, foi preso poucos dias após o encontro do corpo e permanece sob custódia do sistema prisional.
Andamento Processual e Teses da Defesa
Ao longo de 2025, o processo enfrentou etapas decisivas em relação à condição do réu. Em setembro, a defesa de Guilherme Negri Sella protocolou um pedido para que a prisão preventiva fosse substituída por internação provisória em uma clínica especializada. Os advogados alegaram que o acusado sofre de transtornos mentais e dependência química, tese que foi indeferida pela Justiça na ocasião.
Mais recentemente, em dezembro de 2024, o réu foi submetido a um exame de insanidade mental. O laudo pericial, que deve determinar se o acusado era capaz de compreender o caráter ilícito de seus atos no momento do crime, ainda não foi concluído e anexado aos autos.
Expectativa dos Familiares
A demora na conclusão dos exames e na marcação do julgamento é motivo de aflição para a família de Raphaelle. Andrea Carla da Silva, mãe da jovem, e o padrasto, Luis Claudio Cardoso, acompanham de perto as movimentações processuais.
A expectativa da família e da assistência de acusação é de que, após a conclusão dos laudos pendentes, a Justiça pronuncie o réu para que ele seja submetido a Júri Popular. Enquanto o resultado do exame de insanidade não é divulgado, Guilherme Negri Sella segue detido, aguardando as próximas fases do rito processual de crimes contra a vida.