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Casos de síndromes respiratórias graves preocupam o oeste do PR; saúde busca leitos

06 jun 2025 às 16:59

Os casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), causadas por vírus como o Influenza — responsável pela gripe — e o coronavírus (Covid-19), vêm preocupando as autoridades, inclusive a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.


O secretário de Saúde do estado, Beto Preto, afirmou que a situação na região Oeste preocupa um pouco mais do que nas demais áreas, principalmente porque as principais vítimas das doenças nessa região são crianças. Ele explicou que remanejamentos estão sendo feitos, especialmente em relação aos leitos de UTI pediátrica.


O governo estadual também publicou uma resolução que define medidas para o enfrentamento dessas doenças. Apesar do cenário, o estado informou que, por ora, não há necessidade de decretar estado de emergência, mas chamou a atenção para a baixa cobertura vacinal contra a gripe.


De acordo com dados da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), desde o início do ano foram confirmados 10.635 casos e 523 óbitos por SRAG hospitalizada no Paraná. Desses, 991 casos e 85 óbitos foram causados por Influenza, sendo que, entre os mortos, apenas nove haviam se vacinado contra a gripe.


O recorte epidemiológico referente às semanas epidemiológicas nº 18 (a partir de 27 de abril) até a nº 22 (até 31 de maio) de 2024 e 2025 demonstra um aumento de 43,17% nos casos hospitalizados por SRAG no estado, passando de 3.164 para 4.530. Dos 399 municípios paranaenses, 55,6% (222) registraram casos de SRAG hospitalizada por vírus respiratórios, e 6,3% (25) já tiveram ocorrência de óbitos.


Beto Preto também destacou que a maioria dos idosos e crianças internados não havia se vacinado.

Segundo ele, o Paraná, neste momento, ainda consegue absorver novos pacientes e possui capacidade de expansão da rede hospitalar, se necessário.