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Casos de violência contra a mulher aumentam no fim de ano e acendem alerta em Cascavel e região

22 dez 2025 às 14:44

Os casos de violência contra a mulher costumam aumentar no período de fim de ano e os números registrados recentemente reforçam esse alerta. Somente neste fim de semana, em Cascavel, dez ocorrências de violência doméstica foram atendidas em menos de 24 horas, um dado que preocupa autoridades e entidades de proteção às mulheres.


De acordo com informações das forças de segurança, os registros de agressões contra mulheres têm crescido nos últimos meses em todo o Brasil, com episódios cada vez mais graves. O período de festas, confraternizações e maior consumo de álcool contribui para o aumento dos conflitos, especialmente dentro de casa. Chamam atenção os dados que mostram que a maioria das agressões e até mortes acontece no próprio lar da vítima.


Na região, casos recentes ilustram a gravidade da situação. Em Campo Mourão, uma mulher foi mantida dentro de uma residência incendiada pelo companheiro após uma discussão. A Polícia e o Corpo de Bombeiros precisaram intervir para resgatar a vítima, que ficou gravemente ferida.


Já no distrito de Penha, em Corbélia, um homem tentou matar a companheira e, em seguida, se jogou na frente de um veículo na BR-369. Ambos foram socorridos em estado grave e encaminhados para atendimento hospitalar.


Em Cascavel, além do alto número de ocorrências atendidas, um dos casos mais graves foi registrado no Jardim Melissa. Uma mulher estava sendo agredida quando uma pessoa tentou intervir para defendê-la e acabou sendo esfaqueada durante a confusão.


Outro ponto que preocupa as autoridades é que, mesmo em situações onde existe medida protetiva, algumas vítimas optam por não representar criminalmente contra o agressor, acreditando que o episódio não irá se repetir. Especialistas alertam que decisões como essa podem acabar tendo desfechos trágicos.


Cascavel conta com uma rede de apoio para mulheres vítimas de violência, que inclui registro de boletim de ocorrência, atendimento psicológico e até acolhimento em abrigo, quando necessário. No entanto, as autoridades reforçam que é fundamental que as vítimas denunciem, para que as medidas de proteção possam ser aplicadas e novos casos sejam evitados.