Uma cirurgia de reconstrução facial inédita no sul do Brasil devolveu a esperança à pequena Laura Beatriz, de 11 anos, que sofreu um grave acidente. Após ser atropelada em Sertanópolis, na região metropolitana de Londrina, Laura passou por um procedimento inovador no Hospital Evangélico de Londrina, que é referência neste tipo de cirurgia. O processo utilizou placas de polímero absorvíveis, produzidas em impressora 3D e importadas da Alemanha.
Laura se recupera bem ao lado da mãe, Erica. Embora prefira usar máscara por enquanto, o sucesso do procedimento traz alívio à família, especialmente com a proximidade de seu aniversário. "Ver a filha bem é um alívio", relata Erica dos Santos Nascimento, autônoma e mãe de Laura.
O acidente ocorreu em 30 de junho, quando Laura ia de patinete para a aula de futebol. Câmeras de segurança flagraram o momento do atropelamento. Com o impacto, Laura sofreu diversas fraturas no rosto. Ela recebeu os primeiros atendimentos no Hospital de Sertanópolis e, em seguida, foi encaminhada para Londrina para a cirurgia complexa.
Inovação para o desenvolvimento ósseo
A equipe responsável pela cirurgia foi coordenada pelo dentista Daniel Gaziri, especialista em cirurgia bucomaxilo facial, com o apoio de outros cirurgiões, médicos pediatras e anestesistas. O desafio era grande, pois, como Laura ainda está em fase de desenvolvimento, uma cirurgia convencional poderia prejudicar o crescimento ósseo. Por isso, a equipe optou pelo método inovador: as placas de polímero absorvível, criadas em impressora 3D, que se dissolvem no corpo ao longo do tempo.
Laura deve receber alta nos próximos dias. Após o período de cicatrização, a expectativa é que ela leve uma vida normal. Os próximos passos incluem o processo de cicatrização completa e, posteriormente, a colocação de implantes dentários para restaurar a funcionalidade e estética.