Cidade

'Cometa do Diabo' ficará visível neste domingo no Brasil: saiba o horário

21 abr 2024 às 14:46

O cometa 12P/Pons-Brooks (Cometa do Diabo) terá maior visibilidade no Brasil neste domingo (21).

 

O fenômeno poderá ser observado no hemisfério sul a partir do dia 21 de abril, consequentemente, de todo o Brasil, quando atingirá a sua máxima aproximação ao sol. O momento é denominado cientificamente como periélio, de acordo com o Observatório Nacional.

 

Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível logo após o pôr do Sol, primeiramente abaixo da constelação de Touro, e a partir de maio, abaixo da constelação de Órion, sempre por volta das 17h40 às 18h30. A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de cerca de 15 graus.

 

Dr. Filipe Monteiro, astrônomo e pós-doc do Observatório Nacional

 

Na região Norte, especialmente no Acre, a visibilidade do cometa seguirá até aproximadamente às 19h50, devido à localização do estado no extremo oeste do país.

No Nordeste, os observadores poderão avistar o 12P/Pons-Brooks entre 17h45 e 18h20.

No Rio de Janeiro, o cometa poderá ser observado até cerca de 18h20.

 

Devido à proximidade com a Linha do Equador, as regiões Norte e Nordeste terão uma oportunidade melhor de observar o corpo celeste em uma altitude mais elevada antes das demais partes do Brasil.

 

O cometa vai estar bem baixo no céu. De acordo com a NASA, será possível observá-lo a 15° da linha do horizonte, na direção oeste.

 

Não é possível atestar se o cometa poderá ser visto a olho nu, dado que a intensidade do brilho desses objetos pode ser imprevisível. Por isso, é possível que haja a necessidade de fazer uso de outros instrumentos, tais como binóculos e telescópios.

 

O que é o Cometa do Diabo?

O 12P/Pons-Brooks - nome técnico - foi batizado desta forma por conta dos dois astrônomos que o observaram pela primeira vez: o francês Jean-Louis Pons (1812) e o britânico William Robert Brooks (1883).