A Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal de Londrina visitou, nesta segunda-feira (30), duas unidades estratégicas para a saúde mental no município: o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps i) e o Caps Álcool e Drogas (AD). A ação, realizada pelos vereadores Sídnei Matias (Avante), presidente da comissão, e Valdir Santa Fé (PP), membro do grupo, teve como objetivo verificar as condições estruturais e os serviços prestados nessas unidades. O principal problema identificado em ambas as unidades foi a insuficiência de profissionais, gerando sobrecarga de trabalho e impactando a capacidade de atendimento.
Até 2022, os profissionais dos Caps eram contratados pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar). Com a rescisão dos contratos, decorrente de decisão do TCE-PR, a Prefeitura agora precisa abrir vagas no Município via projeto de lei e realizar concurso público, especialmente para psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. “Hoje o profissional que está aqui tem condições de atender, mas com muita sobrecarga. Então é necessário que exista aí a criação de mais vagas para que o atendimento prossiga da melhor forma”, afirmou Sídnei Matias.
Caps Infantil
O Caps Infantil atende crianças e adolescentes de 4 a 18 anos incompletos, incluindo procura espontânea, encaminhamentos de escolas, Conselhos Tutelares, Varas da Infância e dos 11 abrigos da cidade. Apesar de ter passado por reforma e modernização em junho de 2023, a unidade opera com equipe aquém da necessidade. Atualmente, conta com 3 psiquiatras - contratados por tempo determinado via chamamento público - e 5 psicólogos com jornada de 30 horas semanais, além de uma psicóloga em regime de hora extra (aproximadamente 20 horas semanais). Também atuam no Caps i uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem e uma assistente social, além de auxiliares administrativos e de serviços gerais. Segundo a coordenadora da unidade, a enfermeira Silvana Aparecida Valentim, para atender a demanda seriam necessários mais 2 terapeutas ocupacionais, 2 psicólogos e 1 assistente social.
Caps AD
Localizado em um prédio central alugado desde 2021, o Caps AD é outro serviço que sofre com a falta de profissionais. A unidade também precisaria de mais 2 psicólogos e 2 terapeutas ocupacionais, além de assistente social. O vereador Sídnei Matias explicou que as constatações das visitas serão compiladas em um relatório. O objetivo é subsidiar a criação de políticas públicas e indicações à Prefeitura visando melhorar as condições de trabalho das equipes e a qualidade do atendimento oferecido à população.