Com mais de 248 quilômetros de trilhos em operação, a Ferroeste é responsável pelo transporte ferroviário de grandes volumes de grãos, proteína animal, cimento, adubo, fertilizantes, calcário e carga geral entre Cascavel e Guarapuava, no Paraná. Pouca gente sabe, mas mais de um milhão de toneladas passam pelo terminal ferroviário anualmente. O modal ferroviário é considerado estratégico para impulsionar a economia do estado.
A equipe da reportagem visitou o terminal da Ferroeste, em Cascavel, para entender como funciona toda a operação. Ao todo, 14 grandes empresas atuam na área, que possui 1 milhão e 700 mil metros quadrados. O espaço está em constante movimento: caminhões e trens circulam a todo momento, carregando e descarregando produtos.
Para melhorar o fluxo logístico e facilitar a circulação dos caminhões dentro do terminal, estão previstas obras de pavimentação e melhorias na infraestrutura. As intervenções devem começar ainda em 2025 e foram anunciadas durante a passagem do governador pelo Show Rural.
Cada locomotiva transporta, em média, 800 toneladas por viagem, o que representa cerca de 42 contêineres cheios e 30 vazios. O sistema funciona em ritmo contínuo: enquanto um trem é descarregado, outro já se prepara para seguir viagem.
Atualmente, a Ferroeste opera com 248 quilômetros de trilhos. No entanto, o projeto da Nova Ferroeste prevê uma malha ferroviária com mais de 3 mil quilômetros de extensão. A proposta busca interligar regiões produtivas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul aos principais portos do país, tornando o escoamento mais eficiente, competitivo e sustentável.
Enquanto aguarda as liberações ambientais necessárias para o início da nova fase, o governo estadual tem concentrado esforços em resolver gargalos logísticos antigos da operação atual, com foco em otimizar o sistema antes da expansão.