Há pouco mais de um mês, a empresária Simoni enfrentou o que classifica como a maior tragédia de sua vida profissional: uma queda de energia elétrica provocou a morte de 66 toneladas de peixes em seu pesque-pague, localizado em Cascavel. O local, além de atender o público com atividades de lazer, também é responsável pela produção de tilápias para comercialização em frigoríficos.
A falta de energia comprometeu o sistema de oxigenação e circulação da água nos viveiros, o que causou a morte dos peixes em poucas horas. Desde então, Simoni e a família têm trabalhado intensamente para tentar minimizar os prejuízos e manter as atividades no local, enquanto aguardavam um posicionamento oficial da Copel.
A resposta, no entanto, frustrou completamente as expectativas da empresária. Em um e-mail, a companhia alegou que a queda de energia foi provocada por um dispositivo de proteção da rede, mecanismo que teria atuado para preservar a segurança de pessoas e propriedades. Segundo o texto, por esse motivo, a Copel não teria responsabilidade de garantir que o fornecimento de energia não fosse interrompido.
A justificativa revoltou Simoni, que esperava uma posição mais efetiva da empresa diante da gravidade do caso. Com contas acumuladas, salários a pagar e o medo de não conseguir reerguer o negócio, a empresária relata que desde o episódio sequer consegue dormir.
O caso deve ser levado à esfera judicial. Enquanto isso, a família tenta manter o pesque-pague funcionando, mesmo com os danos e a incerteza do futuro.