Depois que moradores do Jardim Santa Fé, na zona leste de Londrina, realizaram um protesto contra o aumento exponencial do valor da conta de luz, a Copel se manifestou e justificou a diferença nos valores.
A Companhia informou que o sistema de medição de energia do bairro esteve fora de funcionamento. Por conta da impossibilidade técnica de fazer a correta aferição do consumo, os moradores vinham sendo cobrados apenas pela disponibilidade do sistema de distribuição de energia. Recentemente, o sistema foi reparado, passando a medir corretamente o consumo dos domicílios na região. Ainda segundo a Copel, não houve a cobrança de retroativos.
Entretanto, a explicação não convenceu os moradores. A maioria mora na região há mais de 20 anos e nunca pagou valores tão altos da conta de energia elétrica. Eles estão preocupados sobre como vão pagar uma conta tão alta e com medo do corte do serviço.
“É um absurdo, não tem cabimento. A gente mora aqui há tanto tempo, pagamos as contas, nunca veio alto desse jeito, e vem explicar dessa forma? Mesmo que a gente seja meio leigo, não tem explicação. Se as pessoas pagassem até R$ 50, beleza. Mas foi de R$ 20 foi para R$ 200, R$ 300, R$ 400, R$ 500. Não tem cabimento, um negócio desse”, disse o autônomo Ronaldo Lopes, revoltado com a situação.
O problema tem afetado outros bairros da zona leste, como o Jardim Interlagos. “Esse absurdo aqui não tem como a gente pagar com um salário mínimo, como que vamos pagar? Ou pagar a luz ou dar de comer para os filhos? Eu tenho quatro meninos. A gente faz o que com o mercado? Agora tá atrasado e vai ficar atrasado e depois vem cortar, mas não é por causa da gente, é porque tá vindo muito alto. De um mês para o outro subir tudo isso é muita coisa”, relatou a dona de casa, Anelita Freitas.
Os moradores pedem por uma explicação e providências, e ainda prometem fazer nova manifestação. Dessa vez, na frente da Copel. “A gente vai fazer um novo protesto na comunidade. Se não resolver, vamos juntar todos os moradores e vamos na frente da Copel, e vamos parar lá, parar o trânsito. Eu quero lutar pelos meus direitos. E se tiver que ir preso por lutar pelos meus direitos, nós não estamos questionando de não pagar. Mas um absurdo desse não tem como”, afirmou Ronaldo.