Em entrevista no Primeira Hora desta segunda-feira (08), o vereador Everton Guimarães, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o caso conhecido como “Professor Monstro”, disse que as investigações caminham para a finalização após o depoimento de Leonaldo Paranhos, ex-prefeito de Cascavel, na última sexta-feira (05).
No caso, o servidor agente de apoio foi condenado por abuso sexual contra uma criança de 3 anos. Segundo denúncias, o professor Monstro continuou atuando por anos, mesmo após o início das investigações. Ele foi condenado a 30 anos de prisão, mas só foi exonerado no fim de 2023, embora o caso tenha ocorrido em 2019.
Em seu depoimento, o ex-prefeito alegou não ter tido acesso aos detalhes do caso. Ele afirmou que os documentos para prorrogar o processo, estendido quase 20 vezes, já chegavam assinados pelo controlador Cletírio Feistler, sem a necessidade de briefing. Paranhos defendeu a forma como a Secretaria de Educação conduziu o caso, afirmando que não poderia ter feito mais.
O presidente da CPI confirmou que as investigações indicaram que o ex-prefeito não sabia que estava prorrogando o processo.
Além disso, após a repercussão, novas denúncias de violência sexual por outros profissionais chegaram à CPI que deve ser finalizada em 20 a 30 dias, caso não haja novas oitivas e novos procedimentos.