Na última terça-feira (29), a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o caso do servidor conhecido como "Professor Monstro", em Cascavel, realizou mais uma oitiva na Câmara de Vereadores. Foram ouvidos quatro servidores públicos do segundo CMEI onde o agente de apoio, já condenado por abuso sexual de uma criança, atuou.
O foco da oitiva foi entender por que, mesmo após uma denúncia formalizada anos atrás, o servidor continuou exercendo suas funções normalmente por mais quatro anos. As testemunhas, entre diretores e professores, afirmaram ter tomado conhecimento do caso apenas pela mídia, negando ter recebido qualquer comunicação oficial da Secretaria de Educação.
No entanto, documentos anexados à investigação sugerem o contrário. Registros apontam que os responsáveis pelas unidades escolares já tinham ciência das denúncias, o que levanta uma possível contradição nos depoimentos.
Outro ponto investigado foi o grau de contato que o servidor mantinha com as crianças mesmo após a denúncia. Uma das testemunhas alegou que ele não ficava sozinho com os alunos, especialmente durante o horário de descanso, quando as crianças estão mais vulneráveis. Contudo, uma foto apresentada pelo pai de um aluno mostrou o contrário: o agente ainda atuava nesses momentos.
Durante a reunião, surgiu ainda uma nova denúncia preocupante. Segundo o presidente da CPI, há relatos de que o mesmo agente também teria importunado zeladoras das unidades escolares onde trabalhou. As investigações seguem em andamento.