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CPI "Professor Monstro": Câmara ouve cinco servidores que trabalharam com acusado

07 ago 2025 às 20:05

Mais uma etapa da oitiva sobre o caso de abuso sexual contra uma criança em uma escola da rede municipal foi realizada nesta quinta-feira (7). Cinco servidores públicos, entre professores e agentes de apoio, prestaram depoimento à comissão que investiga a denúncia envolvendo um agente de apoio acusado de abusar sexualmente de uma aluna.


A professora Heloísa de Jesus disse que jamais permitiria que o homem entrasse dentro da sala de aula se soubesse da acusação.


Já a agente de apoio Terezinha Lora destacou durante o depoimento que seu único pensamento quando descobriu a situação era: "eu não acredito, pelo jeito que ele era, no primeiro momento eu não quis acreditar", disse a mulher sobre o momento em que descobriu as acusações contra o agente de apoio.


A reunião durou cerca de duas horas, mas sem revelações novas. Os servidores presentes reforçaram a falta de informação oficial sobre o caso e declararam que só tomaram conhecimento sobre o caso através da imprensa e das redes sociais.


A professora Simone Daros confirmou que o homem acusado de estupro continuou trabalhando em sala de aula após as primeiras acusações, mas que ninguém no CMEI Vicentina Guisso sabia dessas acusações quando ele chegou lá.


Segundo o presidente da comissão, Everton Guimarães, o encontro serviu para reforçar o que já havia sido levantado anteriormente. “Eram pessoas que precisavam ser ouvidas, porque elas trabalharam com o acusado lá no CMEI Vicentina Guisso. Uma falha já está pacificada: ele não ficava no administrativo, ele além de estar em sala de aula, ele ficava no administrativo, mas ele estava em sala de aula, ele trocava as crianças, ele levava no banheiro, e aí a dúvida: se ele ficou sozinho ou não com as crianças”, afirmou.


A professora Daiane Maiara explicou que durante o horário do soninho ele não ficava sozinho com as crianças, destacando que ele só participava do processo de preparação do horário do soninho.


A professora Vilma Grott, por sua vez, também levantou uma preocupação recorrente: “Ter agente de apoio do sexo masculino em sala de aula é um trabalho dobrado pra mim, porque eu não confio totalmente e os pais também se preocupam”, afirmou.


A comissão parlamentar de inquérito segue ouvindo os profissionais envolvidos com a rotina da escola. Segundo Everton Guimarães, na próxima semana estão previstos novos depoimentos de agentes de apoio que não estão trabalhando mais em Cascavel, mas tiveram contato com o acusado. Em seguida, servidores da Secretaria Municipal de Educação também deverão ser convocados, incluindo a secretária de Educação, Márcia Baldini.