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CPI Professor Monstro ouve cinco servidores sobre demora no afastamento de docente

18 jul 2025 às 18:29

Nesta sexta-feira (18), os vereadores da CPI que investiga possíveis falhas na condução de um caso de abuso sexual infantil em um CMEI de Cascavel ouviram cinco profissionais da rede municipal de ensino. O objetivo foi entender as primeiras medidas tomadas quando surgiram as denúncias envolvendo um ex-servidor condenado por abuso sexual.

Relato da diretora do CMEI

Patrícia Gonçalves da Silva, então diretora do CMEI Irmã Iolanda Guzman Bazan, relatou que houve um primeiro episódio de comportamento inadequado por parte do servidor ainda em 2019, antes do caso que resultou em sua condenação. A denúncia formal da mãe, no entanto, só aconteceu em 2020, quando o servidor já havia sido transferido da unidade.


A diretora afirmou que os casos foram comunicados à Secretaria de Educação, mas que na época não havia um protocolo específico para lidar com situações desse tipo. Ela também revelou que os relatórios de avaliação do servidor foram extraviados dentro da própria escola.

Depoimento do professor Alan Wuri Simão

O professor Alan Wuri Simão, que atuava na mesma sala que o servidor investigado, relatou que foi informado pela mãe da criança sobre o abuso e comunicou imediatamente à direção. Alan também afirmou que foi assediado pelo mesmo servidor dentro do CMEI.

Declarações da coordenadora Danielle Barbosa Gabriel

A coordenadora Danielle Barbosa Gabriel declarou que teve conhecimento do primeiro relato envolvendo o servidor, mas não soube da denúncia de assédio sexual senão anos depois. Ela também confirmou que sua assinatura está em uma ata de reunião com a mãe e a direção, mas que “possivelmente assinou sem ler”, já que não estava presente na ocasião.

Depoimento das coordenadoras da Semed

As coordenadoras pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Oneide Balastrelli e Cleonice Rodrigues de Souza, também prestaram depoimento. Elas disseram que receberam os relatos, mas que a responsabilidade de acionar o Conselho Tutelar cabia a outros cargos. Ambas também afirmaram desconhecer se o servidor teve novo contato com crianças em outras unidades escolares.