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Defesa de PM e família de lutador divergem sobre inquérito que apura briga em bar

10 set 2025 às 21:53

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso do policial militar que atirou em um lutador durante uma briga em um bar. O delegado responsável pela investigação apontou que o PM agiu em legítima defesa. O documento agora segue para análise do Ministério Público (MP), que irá decidir se oferece denúncia contra o policial.


O advogado do policial militar, Mauro Martins, reforçou a tese da legítima defesa, que foi sustentada pela investigação. Segundo ele, o policial tentou evitar o confronto a todo momento e só reagiu após ser agredido de forma violenta pelo lutador.

"Está claro que, em todo momento, ele evitou qualquer tipo de conflito. O policial não procurou o jovem. Foi o jovem que o abordou, o ameaçou e, ao tentar ouvir o que estava sendo dito, foi agredido com violência", afirmou Martins.


De acordo com a investigação, foi o lutador quem iniciou as agressões. Ainda segundo a defesa, há testemunhas que confirmam que o policial tentou se esconder em um banheiro do bar antes de efetuar o disparo. O tiro, segundo o advogado, não atingiu nenhuma área vital do corpo da vítima.


Martins argumenta que a legítima defesa não pode ser tratada como crime, e que o próprio depoimento da namorada do lutador não confirma xingamentos ou provocações por parte do PM.


Família do lutador contesta versão e fala em tentativa de homicídio

O advogado da família do lutador, Alisson Camargo, repudiou a tentativa de caracterizar o episódio como legítima defesa e classificou a conduta do policial como um ato violento e de natureza grave.


Segundo a nota divulgada pela família, o laudo de lesão corporal indica que o disparo efetuado pelo PM colocou a vida de David em risco. A versão apresentada contesta o inquérito da Polícia Civil, afirmando que a agressão do lutador foi uma reação ao policial, que teria tentado dar uma cabeçada e feito ofensas contra a companheira de David.


A defesa da família afirma confiar na apuração rigorosa do Ministério Público e que tomará todas as medidas cabíveis na Justiça para garantir que o caso não fique impune.