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Defesa do acusado de matar Raphaelle Proferis pede exame de insanidade mental

31 jan 2025 às 11:06

Os advogados de defesa de Guilherme Negri Sella, acusado de matar Raphaelle Proferis, no dia 30 de dezembro de 2024, pediram na justiça um exame de insanidade mental do homem e protocolaram na justiça o pedido de internação provisória do rapaz nesta quinta-feira (30). A jovem de 25 anos foi encontrada sem vida dentro de uma quitinete na Vila Brasil.

 

No dia 17 de janeiro, o Ministério Público denunciou o homem pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Para justificar os pedidos, a defesa argumenta que por conta do uso de cocaína, entre os anos de 2019 e 2024, Guilherme chegou a ser internado de forma involuntária em clínicas de recuperação, além de ter passado por acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Neste período, ele também quase morreu intoxicado por medicamentos.

 

Os advogados ainda pedem que até a análise dos pedidos e decisão por parte da justiça, o acusado permaneça internado no centro de triagem de Londrina, já que segundo eles, a ida dele à uma penitenciária comum representaria uma “mudança brusca e agravaria o quadro de depressão”, o que acarretaria, no ponto de vista da defesa, em prejuízo à saúde psíquica do rapaz.

 

O documento também aponta uma sugestão de clínica, local em que ele já esteve em tratamento e seria da confiança da família. Caso não seja possível, a alternativa apresentada pelos advogados é que Guilherme seja então transferido para o complexo médico-penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

 

As investigações apontam que a morte de Raphaelle da Silva Proferis aconteceu entre os dias 26 e 27 de dezembro. Segundo o laudo da Polícia Científica, as roupas do corpo estavam rasgadas e a vítima tinha diversos ferimentos na cabeça, causados por um objeto “pérfuro-contundente”. O corpo da jovem estava atrás da cama, coberto por lençóis e cobertores.

 

No começo do mês, familiares da vítima concederam entrevista à nossa equipe. Na ocasião a família fez um apelo, para que o caso não passasse impune.