Depois do anúncio do Governo do Estado sobre o pacote de medidas para reforçar a segurança nas escolas, uma nova proposta pode ajudar na prevenção à violência nas unidades.
A Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) vai analisar o projeto que permite que Policiais e Bombeiros Militares inativos possam voltar a exercer suas funções como voluntários e atuem nos colégios.
No início da tarde desta sexta (14), Deltan Dallagnol, deputado federal pelo Podemos, e Fabio Oliveira, deputado estadual pelo Podemos, falam ao vivo ao Tarobá Notícias sobre o assunto.
De acordo com Fábio, a partir do momento em que as tragédias se apresentaram, a ideia inicial foi desenvolver um projeto de prevenção à violência. "Nós temos, na estrutura do Estado, a possibilidade de trabalhar com Policiais Militares e da reserva (remunerada) dos Bombeiros, um projeto que permite o patrulhamento interno e externo não só nos Colégios Cívico-Militares, mas em todas as escolas do estado do Paraná".
Ele ressalta que, como legislador estadual, ele não consegue intervir a nível municipal, em escolas da rede municipal; apenas em escolas da rede estadual.
Num segundo momento, ele diz que outro objetivo do projeto é preparar toda comunidade escolar para uma ação pontual em ocorrências como as observadas nos últimos momentos, no país. Para isso, os militares envolvidos trabalhariam toda sua experiência com os diretores, professores, alunos e colaboradores das escolas.
"Não é um momento de politizarmos esse assunto. É um momento de agirmos de maneira forte, coesa, concisa, para darmos ferramentas ao trabalho dessas questões."
Deltan Dallagnol reforçou compromisso público em defender a segurança das escolas. Nesse sentido, ele acredita não só avançar as medidas preventivas, mas trabalhar punições adequadas aos infratores.
"Eu não posso concordar com uma visão de política criminal que vitimiza o bandido e criminaliza o policial. Isso é o contrário. Vivemos uma inversão de valores. Essa pessoa deveria estar na cadeia."
Dallagnol também comentou sobre a demora no andamento de processos que "nunca acabam no Brasil" fazendo com que os criminosos "nunca sejam presos".
"Nós não podemos concordar com a política de um governo (...) que perdoa 2/3 das penas dos ladrões e dos homicidas. Nós propusemos uma emenda constitucional (...) e precisamos conversar seriamente sobre a redução da maioridade penal."
Segundo Deltran, gráficos mostram que crimes por idade aumentam até os 18 anos e depois tendem a diminuir. "Isso é uma evidência de que a punição séria de crimes é, sim, um desestímulo a essa prática" finaliza.