Os docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) cruzarão os braços na próxima quinta-feira (1º de agosto). A decisão pela paralisação foi motivada pela falta de diálogo com o governo e pela crescente desvalorização salarial. Desde 2015, os servidores do poder executivo, incluindo os docentes da Unioeste, não recebem a reposição integral das perdas salariais, que em 2024 já ultrapassam 40%. Esta defasagem salarial, acumulada ao longo dos anos, tem impactado severamente o poder de compra dos docentes.
A deliberação pela paralisação ocorreu na tarde de terça-feira, 23 de julho, durante assembleia docente convocada pela Adunioeste (Seção Sindical dos Docentes da Unioeste. A decisão, unânime entre os presentes, é uma resposta às condições salariais e de trabalho insatisfatórias enfrentadas pela categoria. A paralisação do dia 1º de agosto será uma ação unificada, com a adesão de outras seções sindicais, como a UEL, UNICENTRO e UENP. Os servidores técnicos da Unioeste também decidiram paralisar suas atividades no mesmo dia, reforçando a unidade do movimento.
Para o dia da paralisação, estão planejadas diversas atividades de mobilização nos cinco campi da Unioeste, incluindo: envio de ofício à Reitoria, centros e colegiados, comunicando a decisão unânime da categoria docente; realização de atividades de mobilização em cada campus, com suporte da Adunioeste; organização de equipes para comunicar aos alunos, em todas as salas de aula, os motivos da paralisação; distribuição de panfletos explicativos sobre a defasagem salarial e a comparação com outras categorias; colocação de faixas e cartazes destacando a intensa defasagem salarial e o não cumprimento da data-base; incentivo à participação dos membros do Conselho Universitário (COU) na paralisação, através da ausência na reunião agendada para o dia 1º de agosto; divulgação de uma live unificada do Comando Sindical Docente (CSD) no dia 1º de agosto.
A Adunioeste reforça a importância da luta coletiva para transformar a realidade docente, precarizada há mais de uma década, e conclama os docentes a se filiarem ao sindicato para fortalecer a defesa de seus direitos e condições de trabalho.