O documentário “Isto (não) é um assalto”, da produtora londrinense Kinopus, foi disponibilizado integralmente e de forma gratuita para acesso do público no YouTube. Lançado em 2018, o filme contou com patrocínio da Prefeitura de Londrina para a sua realização, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).
Dirigido pelo cineasta Rodrigo Grota, o longa de 1h40 de duração conta a história do assalto ao Banestado, crime que parou Londrina em 10 de dezembro de 1987. Na ocasião, sete criminosos invadiram a agência do banco, que ficava no Calçadão, fizeram cerca de 300 reféns durante sete horas e exigiram um resgate no valor de 30 milhões de cruzados. O assalto recebeu ampla cobertura de diversos veículos de imprensa, e mais de 5 mil pessoas acompanharam o desenrolar dos acontecimentos no entorno do Banestado.
O diretor Rodrigo Grota contou que ouviu falar da história pela primeira vez na década de 1990, quando cursava jornalismo na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e conheceu o jornalista Paulo Ubiratan. Ubiratan, que havia feito a cobertura jornalística do incidente, acabou sendo levado para o interior da agência bancária pelos criminosos, e fez a intermediação de suas demandas junto à polícia.
Inicialmente, Grota havia pensado em produzir um filme de ficção baseado na história, mas acabou mudando de planos ao perceber que isso demandaria um volume muito grande de recursos.
O documentário foi produzido entre 2016 e 2018 e, para fazê-lo, a equipe responsável realizou entrevistas com 50 pessoas que haviam estado envolvidas de alguma forma no incidente, incluindo reféns, um dos criminosos, policiais, jornalistas e populares que testemunharam a situação. Com o objetivo de encontrar esses indivíduos, a produção veiculou uma campanha pedindo o auxílio da população nas mídias sociais, jornais e programas de rádio e TV.
“Isto (não) é um assalto” ficou três semanas em cartaz, sendo exibido em cinemas de Londrina, Curitiba e Ponta Grossa. Segundo o diretor, o filme teve cerca de 1.500 espectadores, o que é um bom número considerando o fato de ser um documentário e levando em conta que não havia recursos para fazer a divulgação da obra.
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