A semana começou com uma queda expressiva no dólar comercial, atingindo o menor patamar desde novembro do ano passado. A moeda americana foi negociada a R$ 5,68 na segunda-feira, mas hoje está em torno de R$ 5,70. Apesar disso, o reflexo no dólar turismo foi mínimo, e é importante entender as diferenças entre essas duas cotações.
Enquanto o dólar comercial é usado em grandes transações financeiras e no comércio exterior, como importações e exportações, o dólar turismo, que se aplica a compras de viagens e uso por cartões de crédito no exterior, tende a ser mais caro. Isso ocorre porque, além da cotação da moeda, o valor do dólar turismo inclui custos operacionais das casas de câmbio e bancos, como transporte de valores, funcionários e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na fronteira, o preço dos produtos no Paraguai é influenciado pelo dólar turismo. Nas principais casas de câmbio de Foz do Iguaçu, o valor está em torno de R$ 5,80, enquanto o principal site que reúne lojas paraguaias apresenta uma cotação de R$ 5,78. Quem viaja de carro pela Ponte da Amizade pode levar até 500 dólares sem pagar impostos. Acima disso, há uma taxação de 50% sobre o excedente. Já para quem viaja de avião, a cota é maior, de 1.000 dólares.
Essas cotas existem para evitar o descaminho, crime contra a ordem tributária. Ou seja, quem compra produtos sem ser para uso próprio com o intuito de revender sem pagar os impostos devidos prejudica os comerciantes que atuam legalmente.