De energia renovável a mobilidade elétrica, empresas brasileiras têm incorporado soluções de baixo impacto ambiental em seus processos. Agora, esse movimento chega também a setores tradicionais, como a indústria de colchões.
Uma das principais fabricantes do país, a Castor, lançou uma linha produzida com menor emissão de CO₂ e voltada à economia circular, ao utilizar materiais recicláveis em sua composição. A cada venda, 0,5% do faturamento anual será destinado à ONG Sono do Bem, que doa colchões para famílias em situação de vulnerabilidade em diferentes regiões do Brasil.
“Sustentabilidade deixou de ser apenas um valor reputacional e passou a ser parte da estratégia de negócios. Projetos que unem inovação e impacto positivo mostram que investir nessa agenda é também investir no futuro da própria empresa”, lembra o CEO da empresa, Hélio Silva.
Os desafios são muitos — investir em pesquisa e em soluções viáveis dentro da indústria, que contribuam com o meio ambiente, mas que sejam sustentáveis financeiramente.
Mas casos como esse reforçam uma tendência global: alinhar consumo e responsabilidade ambiental. Segundo o Observatório do Clima, o Brasil emitiu em 2021 cerca de 2,42 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa, o maior volume em quase duas décadas. Diante desse cenário, iniciativas privadas têm papel decisivo para mitigar impactos e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.
“O setor privado tem um papel central na transição para uma economia de baixo carbono. Cada movimento que aproxima inovação de responsabilidade social ajuda a consolidar práticas mais maduras de ESG no Brasil”, completou Silva.
Além da Castor, companhias de tecnologia, telecomunicações e energia já demonstram que investir em sustentabilidade deixou de ser diferencial e passou a ser exigência. Em 2023, por exemplo, a Vivo anunciou que se tornou a primeira empresa brasileira do setor a alcançar a meta de carbono neutro. Já a Lenovo trouxe ao país o CO² Offset Service, que permite ao consumidor vincular créditos de carbono na compra de computadores.
O avanço de inovações sustentáveis em diferentes segmentos mostra que a economia verde não está restrita a poucos setores estratégicos, mas já começa a redesenhar o mercado brasileiro de forma transversal.