Já está em casa a estudante que foi agredida na tarde desta quinta-feira (7), no Colégio Albino Feijó, que fica no Parque das Indústrias, zona sul de Londrina. Segundo informações dos pais, a adolescente chegou a ser encaminhada ao Hospital Evangélico, durante a madrugada, mas após receber os resultados dos exames de raio-X, comprovando que não sofreu nenhuma lesão interna, foi liberada.
Na manhã desta sexta-feira (8), a menina conversou com uma equipe de reportagem do Grupo Tarobá e disse não saber o motivo da violência. Segundo a mãe, Luciana Emidio, a agressão começou quando a adolescente subia uma escada do colégio. "Puxaram o cabelo dela e já começaram a dar chutes. O estômago ficou super inchado e a cabeça cheia de hematomas porque ela levou socos, inclusive no olho. Ela vomitou muito, teve muita tontura e não estava conseguindo nem parar em pé”, disse.
A confusão teria ocorrido por volta das 16h, após o fim do intervalo escolar. O pai, Erivelto Martins, ficou sabendo da situação através de ligação telefônica e relata revolta porque a filha só teria sido socorrida após a chegada dele no local. "O diretor disse que tinha que esperar chegar um responsável para acionar o Samu ou Siate, ou seja, se a minha filha tivesse quebrado uma costela ou estivesse para morrer, tinha morrido ali", contou.
O pai ainda relatou que quando tentou ligar para a Patrulha Escolar, descobriu que uma equipe já se encontrava dentro do colégio no momento da briga e não havia feito nada.
Segundo o comando da Patrulha Escolar, os policiais estavam na secretaria e quando ficaram sabendo do conflito, as agressões já havia terminado. "Tinha uma equipe na escola fazendo uma atividade de visita, quando teve o acionamento pela central de operações informando que havia naquele colégio uma ocorrência de vias de fato. A equipe circulou pelo colégio e nos fundos encontrou o diretor que já estava dando atendimento a ocorrência, mas naquela altura já não estavam mais no local e foi feito o registro da ocorrência”, disse o tenente Renan Prado.
Conforme a mãe da adolescente, após a recuperação, a filha não voltará a estudar na mesma instituição. "Nesse colégio ela não estuda mais, porque foi uma negligencia do diretor esperar para prestar socorro. Onde já se viu? Ele deveria ter atuado imediatamente”, apontou.
Procurada, a direção do colégio disse que não tem autorização para falar sobre o caso, somente a Secretaria Estadual de Educação, que também ainda não se manifestou.