Um estudo divulgado neste mês pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) acendeu um alerta para o futuro demográfico de Guarapuava. A projeção mostra que, mesmo com a expansão urbana e novos empreendimentos habitacionais, a cidade deve começar a perder moradores a partir de 2032, ano em que atingiria o pico populacional, com cerca de 188 mil habitantes. Até 2050, a estimativa é de que esse número caia para aproximadamente 180 mil.
A projeção, baseada no Censo 2022 e em dados complementares como nascimentos, óbitos, migrações, matrículas escolares e indicadores econômicos, revela mudanças significativas no perfil da população guarapuavana. Um dos principais impactos será sentido na educação: o número de estudantes deve cair de 68 mil para 49 mil até 2050, uma redução de 28%. A tendência já é observada na rede fundamental, que teve queda de 23% nas matrículas nos últimos 13 anos.
Além disso, o estudo aponta o envelhecimento da população: em 2050, um em cada quatro moradores será idoso.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Planejamento e Urbanismo de Guarapuava para entender como o município analisa e se prepara para esse cenário. Enquanto cidades como Guarapuava apresentam essa tendência de recuo demográfico, outras do Oeste, como Cascavel e Toledo, ainda seguem em crescimento populacional.