Ex-funcionários da empresa Plural, que realizava o serviço de roçagem para a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) em Londrina, estão há 45 dias sem receber salários e verbas rescisórias. O contrato com a empresa foi encerrado no final de agosto, mas os pagamentos dos trabalhadores não foram efetuados, levando-os a se reunir em frente ao sindicato da categoria para cobrar uma solução.
Um dos trabalhadores, o operador de máquina Jonathan André José, expressou a frustração da situação, que afeta cerca de 35 famílias. Outro funcionário, Evelino José de Santo, relata as dificuldades financeiras. "Não tenho dinheiro para comprar gás, estou cozinhando em um fogão a lenha", desabafa o ex-funcionário. O tratorista Paulo César, que também participou da manifestação, reforça que os trabalhadores precisam do dinheiro que é um direito deles.
Diante do impasse, a CMTU tomou uma medida para garantir o pagamento, repassando o valor de R$ 180 mil diretamente para o sindicato que representa os funcionários, temendo que a empresa terceirizada não cumprisse com suas obrigações. No entanto, o advogado do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Limpeza e Asseio Urbano de Londrina (SIEMACO), Vinicius Petrilo, explicou que o montante, que inclui as multas por atraso, está retido judicialmente na conta do sindicato. A expectativa é que, com a liberação, os pagamentos estejam nas contas dos funcionários na próxima semana.
Em nota, a empresa esclareceu:
"A Plural Serviços Técnicos Ltda., ex-prestadora de serviços de limpeza pública ao Município de Londrina, esclarece que a questão envolvendo o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores desligados já foi solucionada. No âmbito da Reclamação Pré-Processual nº 0001071-22.2025.5.09.0863, perante o juízo da 7ª Vara de Trabalho de Londrina foi celebrado e homologado judicialmente acordo, que garante a quitação integral de todas as verbas devidas – salários, aviso prévio, FGTS, multa de 40% e demais acertos trabalhistas. Pelo acordo, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) se comprometeu a efetuar o depósito judicial dos valores, que serão repassados diretamente aos trabalhadores por intermédio do sindicato da categoria. A Plural ressalta que cumpriu todas as obrigações documentais e que a regularização dos pagamentos depende, neste momento, exclusivamente da efetivação do depósito pela CMTU. A empresa já apresentou toda a documentação necessária e sempre atuou de forma transparente, respeitando a legislação e os direitos dos seus empregados. Com a homologação em juízo, a empresa reafirma sua confiança de que os trabalhadores receberão, em breve, todos os valores que lhes são devidos."