Cidade

Prejuízo: sem energia desde sábado, moradores da Linha San Martin perdem produção

23 set 2025 às 20:24

Moradores da comunidade San Martin enfrentam dificuldades desde o último sábado (20), quando a região foi afetada por uma queda no fornecimento de energia elétrica. O problema tem gerado graves prejuízos, especialmente para famílias que dependem da energia para manter suas atividades produtivas.


A família de Cláudia Rossi, por exemplo, trabalha com um aviário e relata os impactos causados pela interrupção no serviço. De acordo com ela, a energia é essencial para o funcionamento do sistema de chocadeiras, produção de ração e refrigeração, e os danos acumulados desde o fim de semana são motivo de preocupação: “A princípio, os ovos que a gente choca para ter um ganho a mais na família foram perdidos. Tem uma dúzia aqui que é ovo de marreco, que eu paguei R$ 50, e já perdeu também, porque está sem energia desde sábado e hoje já é terça-feira. Eu dependo da chocadeira. Até foi posto um negócio aqui para aquecer, mas não funcionou, porque ela depende da umidade também. E tem coisas no freezer. Tá difícil. Nunca ficou tanto tempo assim. A gente queria ver o que está acontecendo.”


Uma carga com cerca de 600 frangos chegou no início da semana, mas o abate — que depende de equipamentos elétricos, não pôde ser realizado. Isso afeta diretamente a renda da família, que depende da venda dos frangos para o sustento.


Além dos impactos econômicos, os moradores enfrentam dificuldades no dia a dia. Com a falta de energia, até tomar um banho quente virou um desafio. A alternativa encontrada por muitos foi esquentar água no fogão a lenha e usar baldes como chuveiro improvisado.


A produção de ração para as galinhas também parou, já que o processo depende de máquinas elétricas. O estoque de alimento está zerado, aumentando ainda mais a preocupação com o bem-estar dos animais.

A comunidade segue à espera de uma solução por parte da concessionária de energia e cobra uma resposta urgente, enquanto lida com prejuízos crescentes e uma rotina praticamente paralisada.

“A Copel cobrar, ela cobra, dois, três mil por mês de luz. Agora, quando falta, o que adianta nós corrermos na cidade e reclamar? Ela não se explica.” — disse, revoltado, Erquelino Rossi.

Em nota, a Copel informou que houve dois desligamentos por causas diferentes na comunidade nos últimos dias, e que as equipes seguem no atendimento, mas ainda não concluíram a religação.