A família de Dona Clarice, a mulher de 48 anos portadora de esquizofrenia, vai entrar com uma ação na justiça para que o Estado providencie um local definitivo para a internação da mulher. O drama familiar se arrasta há quase 40 anos. Clarice já foi internada diversas vezes em hospitais e clínicas psiquiátricas da região e atualmente faz acompanhamento pelo Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Atualmente, dona Odila, de 66 anos, e o seu marido, de 77, cuidam da mulher, que perdeu o movimento das pernas e está totalmente cega.
O advogado Sivaldo Pires Bento, assistiu a matéria e se compadeceu pelo caso da família e prestará atendimento gratuito à família. Segundo o profissional, a ação será feita, exigindo que o tratamento seja feito em um lugar especializado.
“Vamos ingressar com uma ação determinando que o município consiga uma vaga para Dona Clarice em uma residência terapêutica para a saúde mental, que está instituído pelo Ministério da Saúde desde 2017. Isso é um dever do estado. Caso o município não tenha a estrutura para disponibilizar a vaga, será necessário que seja disponibilizada a residência terapêutica em outra cidade ou até mesmo que o governo custeie o tratamento para garantir a saúde e integridade física de Clarice e sua família”, afirmou.
Segundo o entendimento de Pires, é necessário um internamento permanente, já que a mulher está em surto e possui laudos de uma internação de longo prazo, com 24 horas por dia.
Com a assessoria jurídica, a família aguarda uma resposta positiva para ajudar na internação.