A família do menino que morreu carbonizado no Jardim União da Vitória, na zona sul de Londrina, entrou na justiça para liberar o corpo da criança que ainda está no IML.
Já são quase 15 dias sem poder realizar o sepultamento, por que o exame de DNA do menino foi enviado para Curitiba, para confirmar a identificação da vítima.
A advogada da família entrou com uma liminar de urgência pedindo a liberação do corpo de Brayan Kawan da Silva Lopes, que está no IML desde 22 de novembro, quando o menino, que estava prestes a completar seis anos, morreu em um incêndio na casa onde morava.
No momento do incêndio, a mãe não estava na casa. A defesa informou que ela tinha saído para ir à padaria. Os vizinhos disseram à polícia que arrombaram a porta e encontraram muita sujeira, com fezes e urina pelo chão.
De acordo com Tatiane Passos, advogada de defesa, tal observação não procede como acusação porque “a casa (...) estava uma bagunça convencional. (...) O que pode ter sido encontrado, ali, é uma fralda ou outra do bebê que estava com diarreia. Como ela havia saído, de manhã, para buscar leite, muito provavelmente não deu tempo de organizar a casa e de fazer o que deveria ter feito”.
A mãe chegou a ser presa por abandono de incapaz, mas foi colocada em liberdade no dia seguinte com o uso de tornozeleira. Em depoimento, ela negou que a casa estaria trancada.
Além da pergunta, ainda sem resposta, sobre o que teria causado o incêndio, um fato que chama a atenção é que se a casa não estava trancada, é o porquê da criança não ter conseguido sair do local.
A família diz que o menino era bastante agitado, mas não há nenhuma comprovação de que tivesse algum problema cognitivo.
A Polícia Civil (PC) aguarda o laudo da perícia que deve ficar pronto nos próximos dias, para concluir a investigação.